Acredita...

Acreditar..
Pediste-me uma vez para acreditar…e mais outra …e outra…
Mas porque continuas a aparecer, deste modo, mudando apenas de aparência exterior, mas sem interior, tentando me pegar, me agarrar, me defraudar…
Não quero! Não percebes?
Mas quanto mais vezes digo que não quero, mais insistes em aparecer na minha vida, como alguém que só vai ficar satisfeito quando me deixar completamente destruído?
Sou uma alma corruptível, mas com sentimentos desmedidos…uma alma deste mundo afinal, com fome, com sede, com saudades do tempo passado que ficou no futuro que não chegou…
Desenterras o que afinal não foi enterrado…quem te mandou? Procuras o meu acreditar, quando não o possuo. Fui roubado no meu ser, sim, na minha ingenuidade…
A viagem que fiz, então…vim cedo demais…
A vida não é uma “merda”…
Nem precisamos de ser assim…
Finges não sentir…eu sei que sentes! Dizes não conseguir o que eu nunca te pedi e muito menos procurei…e fiquei por entender o não aceitar da realidade, o precipitar do saber e do querer. Basta que digas…e sou eu que o digo…mas insistes em não dizer…se o tivesses feito logo…sim eu sei que fui eu que te obriguei a dizer, porque EU já sabia que era assim.
Existe uma coisa que se chama de “sinceridade”.
Merda…volto a não dormir…a sentir…a saber que afinal estou vivo…ás vezes preferia não estar!
Que engraçado, de vez em quando deixo-me adormecer…deixo de perguntar...deixo de respirar...
As minhas perguntas afastam-te...e odeias-me por isso...
Deixei de fazer perguntas, porque não existe quem as possa responder...mas elas continuam a existir aqui...os porquês não me deixam dormir...talvez um dia, sim, num outro dia...