(A Raposa) Tinha que pensar muito bem no que ia dizer a seguir, porque, ardia ao mesmo tempo de medo e de vontade, e queria fazer as coisas o melhor possível.
- Eu acho que tu podias escolher ser feliz.
- Mas eu sou feliz - respondeu o Príncipe - Amo o conhecimento e vivo de acordo com a minha paixão; viajar, correr o mundo, conhecer seres maravilhosos, como tu...
- E, dizendo isto, sentou-se ao lado da Raposa e pousou a sua mão branca e lisa no lombo dela. A Raposa estremeceu das patas à cabeça. Queria guardar para sempre aquele toque, o calor da mão dele a inundá-la por dentro. Queria tornar-se num animal doméstico devoto ao seu dono. Queria mudar de vida e alcançar a outra, a sonhada e desejada, depois de tantos livros e filmes. Mas ele também tinha de querer o mesmo que ela, ou corriam o risco de perder "a amizade", e de serem os melhores amigos.Então, a Raposa pensou, pensou, e decidiu ficar calada. Tudo o que dissesse dali para a frente ia estragar o seu sonho, o momento perfeito que lhe tinha caído de céu. Queria que aquele momento se eternizasse. Fechou os olhos.Tudo tem um princípio e tudo tem um fim, pensou. Mas não vou voltar a pensar no que não está nas minhas mãos. E, sem, falar, enroscou-se a ele, como se fosse para sempre.
Porque dei conta que sou como a raposa, tenho tanto medo que a realidade não seja como os meus sonhos, que me esqueço de a viver ao máximo, guardando nos meus sonhos a recordação de tudo.
- Eu acho que tu podias escolher ser feliz.
- Mas eu sou feliz - respondeu o Príncipe - Amo o conhecimento e vivo de acordo com a minha paixão; viajar, correr o mundo, conhecer seres maravilhosos, como tu...
- E, dizendo isto, sentou-se ao lado da Raposa e pousou a sua mão branca e lisa no lombo dela. A Raposa estremeceu das patas à cabeça. Queria guardar para sempre aquele toque, o calor da mão dele a inundá-la por dentro. Queria tornar-se num animal doméstico devoto ao seu dono. Queria mudar de vida e alcançar a outra, a sonhada e desejada, depois de tantos livros e filmes. Mas ele também tinha de querer o mesmo que ela, ou corriam o risco de perder "a amizade", e de serem os melhores amigos.Então, a Raposa pensou, pensou, e decidiu ficar calada. Tudo o que dissesse dali para a frente ia estragar o seu sonho, o momento perfeito que lhe tinha caído de céu. Queria que aquele momento se eternizasse. Fechou os olhos.Tudo tem um princípio e tudo tem um fim, pensou. Mas não vou voltar a pensar no que não está nas minhas mãos. E, sem, falar, enroscou-se a ele, como se fosse para sempre.
Porque dei conta que sou como a raposa, tenho tanto medo que a realidade não seja como os meus sonhos, que me esqueço de a viver ao máximo, guardando nos meus sonhos a recordação de tudo.
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